Os principais brasileiros jornais repercutem os resultados das eleiçõesrealizadas neste domingo (7) e enfatizam o segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) na disputa pela Presidência da República.
A Folha de S.Paulo destaca que a onda de direita iniciada por Bolsonaro não foi suficiente para garantir uma vitória no primeiro turno, mas fortaleceu o conservadorismo. O candidato do PSL teve 46,03% dos votos válidos contra 29,28% de Haddad.
O matutino explica que os votos da região Nordeste foram fundamentais para o desempenho de Haddad na disputa e destaca que famosos como Dilma Rousseff e Eduardo Suplicy perderam a disputa ao senado para novos nomes que representam a ala conservadora dos eleitores. “Com 46%, Bolsonaro encara Haddad no 2º turno; novatos conservadores derrubam velhos caciques”, sublinha a manchete da Folha.
O Globo também mostra que Bolsonaro venceu a disputa em todas as regiões do Brasil, com exceção do Nordeste, tradicional reduto do ex-presidente Lula. O líder da disputa questionou novamente as urnas eletrônicas e afirmou aos eleitores: “não podemos nos recolher”.
Após a consolidação do resultado, os demais concorrentes foram questionados sobre o apoio no 2º turno. Ciro Gomes (PDT) repetiu a frase “ele não”, mas ainda não declarou apoio a Fernando Haddad. Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) adiaram a definição do apoio para os próximos dias. “Bolsonaro e Haddad no 2º turno”, destaca a manchete do Globo.
O Estado de S.Paulo registra, assim como o Globo, que Bolsonaro levantou suspeitas sobre o resultado das eleições e o sistema das urnas eletrônicas. “Se tivéssemos confiança no voto eletrônico, já teríamos o nome do futuro presidente decidido no dia de hoje”, afirmou o candidato.
Segundo o Estadão, ao comemorar a disputa no segundo turno, Haddad agradeceu o apoio do ex-presidente Lula e acenou para Ciro Gomes, Marina Silva e Guilherme Boulos (PSOL), em busca de apoio nos próximos dias. “Bolsonaro, com 46%, e Haddad, com 29%, disputam 2º turno”, mostra o título principal do Estadão.
Na primeira página, O Globo comenta que grandes caciques da política perderam espaço nessas eleições e deram lugar a novatos da disputa. Nomes como o da ex-presidente Dilma, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, e Romero Jucá foram derrotados nas urnas.
Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, se tornou o deputado federal mais vota da história e Alexandre Frota conseguiu uma vaga na Câmara também. Renan Calheiros e Gleisi Hoffmann venceram a disputa e estão entre os nomes que se mantém na política.
Fonte: g1 globo